A Parvalorem, empresa criada para receber créditos para recuperar, terá, de acordo com o jornal Público, mantido, à margem do que estaria habilitada para fazer, uma atividade creditícia.
Na passagem de créditos do ex-BPN, terão transitado vários créditos vivos, isto é, sem graus de incumprimento, para a Parvalorem. Um desses créditos, que o Público avança, seria um empréstimo concedido pelo BPN à Cofina, empresa detentora de vários jornais. Esta, ainda segundo aquele jornal, só terá sido informada seis meses após essa transmissão.
O crédito no valor de 20 milhões de euros, de acordo com fonte oficial da empresa em declarações ao jornal, foi amortizado dois anos antes do prazo do empréstimo, isto é, em 2014.
Confrontado pelo matutino com a existência de empréstimos sem incumprimento que passaram do BPN para a Parvalorem, o Banco de Portugal admitiu que possa ser acontecido, uma vez que a revisão dos créditos foi efetuada por amostragem, tendo afirmado que irá proceder, passados seis anos, à revisão dos mesmos.
A questão prende-se com o facto de a Parvalorem não ter habilitação para a concessão e gestão de créditos que não estejam em incumprimento, pelo que o crédito entretanto amortizado pela Cofina não deveria ter passado para este veículo público. conteudos@fleed.pt