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O papel do 5G nos desafios da indústria portuguesa esteve em debate no Porto

Transformação digital na Indústria foi o tema central da Conferência Indústria 5G by NOS.

Fleed

  • Debate principal da conferência abordou “O Futuro da Indústria”.
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A Conferência Indústria 5G by NOS reuniu na Alfândega do Porto, e em formato remoto, representantes do setor industrial português para debater e apontar soluções para os desafios da transição tecnológica na indústria nacional.

Contando com intervenções dos CEO da BA Glass, Cerealis, SUMOL+COMPAL e Super Bock, a conferência teve por pano de fundo as necessidades e desafios atuais que este setor enfrenta em Portugal e o papel da tecnologia na resposta aos mesmos, com destaque para a quinta geração de comunicações móveis, o 5G.

A tónica da conferência foi dada por Manuel Ramalho Eanes, Administrador Executivo da NOS, apontando o 5G como enabler da Indústria 4.0, paradigma fundamental na garantia da competitividade industrial nacional. A Indústria transformadora apresenta o maior multiplicador do emprego e valor para a economia, representando cerca de 20% do valor acrescentado bruto da economia em Portugal.

Com mediação do jornalista António Costa, o debate principal da conferência abordou “O Futuro da Indústria”. Sandra Santos, CEO da BA Glass revelou que a empresa está a preparar a chegada do 5G já há dois anos, sendo mais um instrumento que pretendem aplicar no processo de transformação digital da empresa. “Daqui a cinco anos as nossas fábricas vão ser completamente diferentes do que são hoje. Com as tecnologias que já hoje estamos a utilizar detetamos lacunas que a introdução do 5G irá colmatar”, referiu Sandra Santos.

Já Rui Ferreira, CEO da Super Bock afirmou que a empresa opera com duas prioridades claras, a eficiência, vetor em que a tecnologia tem um papel de relevo, e a entrega ao mercado, isto é, o serviço.  Rui Ferreira alertou ainda para o elevado ritmo da inovação tecnológica, “hoje francamente mais rápido que as capacidades das organizações têm para a absorver”. Rui Amorim de Sousa, CEO da Cerealis, indicou que a organização está atualmente “investida num processo de transformação digital intenso, articulando tecnologias, processos e pessoas”.

Duarte Pinto, CEO da SUMOL+COMPAL, empresa que implementou o primeiro projeto em 5G em instalações fabris no país, pautou a sua intervenção com o entusiasmo com os resultados da 1ª Fábrica 5G em Almeirim, classificando a tecnologia como um fator fundamental para a competitividade futura da empresa. “Estamos a utilizar soluções que articulam o 5G e outras tecnologias para aumentar a eficiência e eficácia das linhas de enchimento, ao melhorar indicadores como o desempenho e disponibilidade das máquinas”. “Estamos entusiasmadíssimos. Estamos a preparar para estender as soluções a todas as linhas da fábrica de Almeirim e é uma questão de tempo até alargar as soluções a todas as fábricas", revelou Duarte Pinto.

Realizada em formato híbrido, a conferência abordou quatro temas em sucessão com especialistas setoriais.

Se no tema Cibersegurança e Resiliência Empresarial, Paulo Moniz, Diretor de Segurança de Informação da EDP, colocou ênfase na resiliência sublinhando que “como a cibersegurança é uma questão holística, é preciso que toda a organização esteja preparada para tudo”, Lino Santos, coordenador do CNCS, referiu a importância vital da formação de profissionais especializados e da certificação das soluções e arquiteturas implementadas, destacando ainda o papel agregador da recém-criada Aliança para a Cibersegurança, plataforma de colaboração para a prevenção e sensibilização para os riscos digitais.

Sobre a Digitalização do chão de fábrica, Nuno Ferreira, Head of New Business da Think Digital, sublinhou a importância da maturidade das tecnologias assim como da exposição das infraestruturas no âmbito da robustez e resiliência das soluções, deixando um conselho à audiência: “As organizações devem procurar ter mais informação e capacidade de a gerir para decidir melhor. A tecnologia é essencial para este passo crítico para as organizações e à indústria em particular”. Diogo Lopes, Operations Manager da SUMOL+COMPAL salientou a necessidade de obter métricas fiáveis e completas da operação e na importância do 5G para o fazer: “Olhamos para a Indústria 4.0 na ótica da medição da operação. Medir para conseguir gerir, e com a implementação do 5G para o conseguirmos fazer”. “Olhar a implementação tecnológica no chão de fábrica numa lógica de cadeia de valor e simplificar antes de automatizar”, foram as reflexões deixadas por José Carlos Pires, Senior Partner do Instituto Kaizen no debate. 

O painel Novas Competências e Talento centrou-se no paradigma da crescente escassez e exigência de novas competências, apesar de termos hoje a geração mais qualificada de sempre em Portugal. Tendo presente a necessidade transversal à economia de captar e reter o melhor talento, Tiago Godinho, responsável do Digital Experience Lab da Nova SBE, apontou que a “formação deve ser encarada como uma jornada contínua que vai acompanhando o desenvolvimento da carreira” acrescentando que “talento mais motivado e capaz de se motivar permite às organizações adaptarem-se melhor num contexto de permanente transformação”. De acordo com Marta Dias, Diretora de Recursos Humanos do INEGI, hoje “o maior desafio é saber que competências vão ser necessárias no futuro”, depositando esperança na potenciação das tecnologias existentes pelo 5G, conjugação que constitui “finalmente o ‘enabler’ para transformar as práticas de recursos humanos”. Uma visão complementada por Tiago Borges, Career Business Leader da Mercer Portugal, que recentrou a discussão nos processos e na importância da cultura empresarial na transformação digital: “A cultura das empresas deve preparar-se para um modelo de aprendizagem contínua. A tecnologia e digitalização não se implementam por decreto, com a cultura das organizações a ter impacto na capacidade de adotar uma maior intensidade tecnológica através das suas pessoas”.

No painel Inovação e 5G, Bruno Duarte, CEO da Glartek afirmou que “o 5G não é uma coisa do futuro, mas sim do presente” e que “no futuro da digitalização dos processos industriais, vamos assistir a um cada vez maior enfoque no apoio ao operador com soluções tecnológicas suportadas pela quinta geração de comunicações móveis”. Sérgio Almeida, Diretor de Sistemas de Informação da OGMA destacou a importância da transformação cultural da organização no processo de transformação digital, sendo para tal necessário garantir que todos os níveis de liderança da estrutura estão envolvidos e alinhados.  Vasco Costa, Managing Director da Accenture sublinhou a importância de fazer as organizações compreenderem que o 5G é muito mais que conectividade, sendo uma ferramenta poderosa para transformar os processos de produção e aumentar a eficiência e produtividade. Desafiado a avaliar o estado do 5G nacional afirmou que “em Portugal, o ecossistema 5G está em aceleração apesar do reconhecido atraso inicial”.

 

 

A Conferência Indústria 5G by NOS reuniu na Alfândega do Porto, e em formato remoto, representantes do setor industrial português para debater e apontar soluções para os desafios da transição tecnológica na indústria nacional.

Contando com intervenções dos CEO da BA Glass, Cerealis, SUMOL+COMPAL e Super Bock, a conferência teve por pano de fundo as necessidades e desafios atuais que este setor enfrenta em Portugal e o papel da tecnologia na resposta aos mesmos, com destaque para a quinta geração de comunicações móveis, o 5G.

A tónica da conferência foi dada por Manuel Ramalho Eanes, Administrador Executivo da NOS, apontando o 5G como enabler da Indústria 4.0, paradigma fundamental na garantia da competitividade industrial nacional. A Indústria transformadora apresenta o maior multiplicador do emprego e valor para a economia, representando cerca de 20% do valor acrescentado bruto da economia em Portugal.

Com mediação do jornalista António Costa, o debate principal da conferência abordou “O Futuro da Indústria”. Sandra Santos, CEO da BA Glass revelou que a empresa está a preparar a chegada do 5G já há dois anos, sendo mais um instrumento que pretendem aplicar no processo de transformação digital da empresa. “Daqui a cinco anos as nossas fábricas vão ser completamente diferentes do que são hoje. Com as tecnologias que já hoje estamos a utilizar detetamos lacunas que a introdução do 5G irá colmatar”, referiu Sandra Santos.

Já Rui Ferreira, CEO da Super Bock afirmou que a empresa opera com duas prioridades claras, a eficiência, vetor em que a tecnologia tem um papel de relevo, e a entrega ao mercado, isto é, o serviço.  Rui Ferreira alertou ainda para o elevado ritmo da inovação tecnológica, “hoje francamente mais rápido que as capacidades das organizações têm para a absorver”. Rui Amorim de Sousa, CEO da Cerealis, indicou que a organização está atualmente “investida num processo de transformação digital intenso, articulando tecnologias, processos e pessoas”.

Duarte Pinto, CEO da SUMOL+COMPAL, empresa que implementou o primeiro projeto em 5G em instalações fabris no país, pautou a sua intervenção com o entusiasmo com os resultados da 1ª Fábrica 5G em Almeirim, classificando a tecnologia como um fator fundamental para a competitividade futura da empresa. “Estamos a utilizar soluções que articulam o 5G e outras tecnologias para aumentar a eficiência e eficácia das linhas de enchimento, ao melhorar indicadores como o desempenho e disponibilidade das máquinas”. “Estamos entusiasmadíssimos. Estamos a preparar para estender as soluções a todas as linhas da fábrica de Almeirim e é uma questão de tempo até alargar as soluções a todas as fábricas", revelou Duarte Pinto.

Realizada em formato híbrido, a conferência abordou quatro temas em sucessão com especialistas setoriais.

Se no tema Cibersegurança e Resiliência Empresarial, Paulo Moniz, Diretor de Segurança de Informação da EDP, colocou ênfase na resiliência sublinhando que “como a cibersegurança é uma questão holística, é preciso que toda a organização esteja preparada para tudo”, Lino Santos, coordenador do CNCS, referiu a importância vital da formação de profissionais especializados e da certificação das soluções e arquiteturas implementadas, destacando ainda o papel agregador da recém-criada Aliança para a Cibersegurança, plataforma de colaboração para a prevenção e sensibilização para os riscos digitais.

Sobre a Digitalização do chão de fábrica, Nuno Ferreira, Head of New Business da Think Digital, sublinhou a importância da maturidade das tecnologias assim como da exposição das infraestruturas no âmbito da robustez e resiliência das soluções, deixando um conselho à audiência: “As organizações devem procurar ter mais informação e capacidade de a gerir para decidir melhor. A tecnologia é essencial para este passo crítico para as organizações e à indústria em particular”. Diogo Lopes, Operations Manager da SUMOL+COMPAL salientou a necessidade de obter métricas fiáveis e completas da operação e na importância do 5G para o fazer: “Olhamos para a Indústria 4.0 na ótica da medição da operação. Medir para conseguir gerir, e com a implementação do 5G para o conseguirmos fazer”. “Olhar a implementação tecnológica no chão de fábrica numa lógica de cadeia de valor e simplificar antes de automatizar”, foram as reflexões deixadas por José Carlos Pires, Senior Partner do Instituto Kaizen no debate. 

O painel Novas Competências e Talento centrou-se no paradigma da crescente escassez e exigência de novas competências, apesar de termos hoje a geração mais qualificada de sempre em Portugal. Tendo presente a necessidade transversal à economia de captar e reter o melhor talento, Tiago Godinho, responsável do Digital Experience Lab da Nova SBE, apontou que a “formação deve ser encarada como uma jornada contínua que vai acompanhando o desenvolvimento da carreira” acrescentando que “talento mais motivado e capaz de se motivar permite às organizações adaptarem-se melhor num contexto de permanente transformação”. De acordo com Marta Dias, Diretora de Recursos Humanos do INEGI, hoje “o maior desafio é saber que competências vão ser necessárias no futuro”, depositando esperança na potenciação das tecnologias existentes pelo 5G, conjugação que constitui “finalmente o ‘enabler’ para transformar as práticas de recursos humanos”. Uma visão complementada por Tiago Borges, Career Business Leader da Mercer Portugal, que recentrou a discussão nos processos e na importância da cultura empresarial na transformação digital: “A cultura das empresas deve preparar-se para um modelo de aprendizagem contínua. A tecnologia e digitalização não se implementam por decreto, com a cultura das organizações a ter impacto na capacidade de adotar uma maior intensidade tecnológica através das suas pessoas”.

No painel Inovação e 5G, Bruno Duarte, CEO da Glartek afirmou que “o 5G não é uma coisa do futuro, mas sim do presente” e que “no futuro da digitalização dos processos industriais, vamos assistir a um cada vez maior enfoque no apoio ao operador com soluções tecnológicas suportadas pela quinta geração de comunicações móveis”. Sérgio Almeida, Diretor de Sistemas de Informação da OGMA destacou a importância da transformação cultural da organização no processo de transformação digital, sendo para tal necessário garantir que todos os níveis de liderança da estrutura estão envolvidos e alinhados.  Vasco Costa, Managing Director da Accenture sublinhou a importância de fazer as organizações compreenderem que o 5G é muito mais que conectividade, sendo uma ferramenta poderosa para transformar os processos de produção e aumentar a eficiência e produtividade. Desafiado a avaliar o estado do 5G nacional afirmou que “em Portugal, o ecossistema 5G está em aceleração apesar do reconhecido atraso inicial”.

 

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