“Estou preparada para dar o meu melhor” no mundial - entrevista a Inês Marques

Inês Marques é a melhor portuguesa no ranking da ITRA e promete deixar tudo nos trilhos do mundial de trail running.

Fleed

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É já amanhã que se realiza o Campeonato do Mundo de Trail Running, que decorrerá na Serra da Lousã, com partida de Miranda do Corvo às 9 horas da manhã. Inês Marques, a melhor atleta portuguesa da modalidade, estará na linha de partida da prova pronta para dar o seu melhor. Em entrevista ao Fleed, a atleta diz que as provas com cerca de 50 quilómetros lhe “assentam bem”, pese embora o Campeonato do Mundo esteja com um nível competitivo cada vez mais alto.

 

O teu percurso no trail ainda é relativamente curto. Como tem sido este teu caminho na modalidade?

Embora tenha começado a praticar trail há relativamente pouco tempo (na verdade, já conto com 4 anos de prática), tenho o atletismo como desporto de formação. A transição para o trail foi desafiante em termos técnicos e, também, de volume de treino, mas descobri o meu desporto de eleição! Comecei por fazer provas mais curtas e só em 2017 me aventurei num ultra trail, que me deu entrada directa para o Campeonato do Mundo desse ano. Desde então, tenho apostado em provas com cerca de 50km pois sinto que me “assentam bem”, tendo já alcançado resultados interessantes a nível internacional.

 

És a mulher portuguesa com melhor ranking ITRA. Qual a tua ambição no trail?

Tenho a ambição de evoluir como atleta, tanto a nível físico como psicológico, e continuar a progredir na modalidade de forma saudável, sempre em busca de novos desafios.

 

Integras a seleção nacional de Trail e foste a melhor classificada no último mundial. Qual a tua ambição para a prova, que este ano se realiza em Portugal?

Tenho uma foto do mundial do ano passado [ver galeria de imagens acima] em que estou a ser amparada na meta por dois colegas da selecção, após terminar a prova (de 88km) ao sprint. Cheguei ao final com a sensação que dei tudo o que tinha e é com este espírito e entrega que quero voltar a correr este ano.

 

Quem consideras que são as favoritas a vencer o campeonato do mundo, quer em termos individuais quer em equipas?

O Campeonato do Mundo está com um nível competitivo cada vez mais alto, sendo difícil fazer apostas (a lista de nomes seria muito extensa)!

Em termos colectivos, apontaria a selecção espanhola como favorita à vitória.

 

Portugal tem uma palavra a dizer?

Desde que estejamos na linha de partida, temos sempre uma palavra a dizer!

 

O facto de estarem a correr em Portugal é uma vantagem?

Penso que o apoio dos entusiastas do trail, da família e amigos, nos dará uma energia extra!

Ter tido a oportunidade de reconhecer o percurso também é um factor preponderante na gestão da prova. Contudo, outras selecções, bem como atletas a nível individual, também vieram a Portugal fazer o reconhecimento. Muitos deles, com muito maior antecedência que a nossa selecção, que só realizou o estágio no local da prova a 2 semanas da mesma.

 

- Como foi a tua preparação? Como organizaste o teu treino?

Este ano abri a minha época de corrida com a estreia na Maratona, em Sevilha. Os meses de treino para esta distância mítica deram-me um boa base para iniciar a preparação do Campeonato do Mundo de Trail.  O meu plano de treinos para uma prova de trail não tem sido muito diferente do habitual, com algumas adaptações às características da prova. Inclui sempre treinos longos na serra, pista, rampas e reforço muscular. Ultimamente, também tenho nadado uma vez por semana.

Contudo, tive alguns percalços na preparação, que me condicionaram bastante. Mas como uma prova de trail vai muito além da forma física, estou preparada para dar o meu melhor!

 

- É possível viver do trail em Portugal?

Tanto quanto eu sei, não é possível ser-se profissional do trail em Portugal. As provas não dão prémios monetários e, por experiência própria, é muito difícil obter patrocínios. Aliás, os custos inerentes a esta modalidade são muito elevados, sendo difícil, por exemplo, reunir-se o apoio necessário para se participar no circuito do Ultra-Trail World Tour.

 

- Em que provas planeias participar este ano?

Para já, tenho no calendário correr o CCC no Mont-Blanc (100km), onde já fui muito feliz, e os 37km do Grande Trail da Serra D’Arga, por ser um local onde gosto bastante de correr, para além de ser Campeonato Nacional de Trail.

 

- Que mensagem deixas a todos aqueles que acompanham a modalidade?

A todos os apaixonados pelo trail, continuem a desfrutar desta modalidade única, de forma saudável e sustentável!

Aos que acompanham, mas que não praticam, calcem as sapatilhas e aventurem-se!

 

 

BI

Nome: Inês Marques

Idade: 26

Profissão: Explicadora de Matemática

Clube: Não tenho.

Patrocinadores principais: Berg Outdoor, Prozis, Óptica Estrela

Lema de vida: Não tenho um lema, mas costumo aplicar na minha vida as palavras de um dos heterónimos de Fernando Pessoa – “Põe quanto és no mínimo que fazes.”

É já amanhã que se realiza o Campeonato do Mundo de Trail Running, que decorrerá na Serra da Lousã, com partida de Miranda do Corvo às 9 horas da manhã. Inês Marques, a melhor atleta portuguesa da modalidade, estará na linha de partida da prova pronta para dar o seu melhor. Em entrevista ao Fleed, a atleta diz que as provas com cerca de 50 quilómetros lhe “assentam bem”, pese embora o Campeonato do Mundo esteja com um nível competitivo cada vez mais alto.

 

O teu percurso no trail ainda é relativamente curto. Como tem sido este teu caminho na modalidade?

Embora tenha começado a praticar trail há relativamente pouco tempo (na verdade, já conto com 4 anos de prática), tenho o atletismo como desporto de formação. A transição para o trail foi desafiante em termos técnicos e, também, de volume de treino, mas descobri o meu desporto de eleição! Comecei por fazer provas mais curtas e só em 2017 me aventurei num ultra trail, que me deu entrada directa para o Campeonato do Mundo desse ano. Desde então, tenho apostado em provas com cerca de 50km pois sinto que me “assentam bem”, tendo já alcançado resultados interessantes a nível internacional.

 

És a mulher portuguesa com melhor ranking ITRA. Qual a tua ambição no trail?

Tenho a ambição de evoluir como atleta, tanto a nível físico como psicológico, e continuar a progredir na modalidade de forma saudável, sempre em busca de novos desafios.

 

Integras a seleção nacional de Trail e foste a melhor classificada no último mundial. Qual a tua ambição para a prova, que este ano se realiza em Portugal?

Tenho uma foto do mundial do ano passado [ver galeria de imagens acima] em que estou a ser amparada na meta por dois colegas da selecção, após terminar a prova (de 88km) ao sprint. Cheguei ao final com a sensação que dei tudo o que tinha e é com este espírito e entrega que quero voltar a correr este ano.

 

Quem consideras que são as favoritas a vencer o campeonato do mundo, quer em termos individuais quer em equipas?

O Campeonato do Mundo está com um nível competitivo cada vez mais alto, sendo difícil fazer apostas (a lista de nomes seria muito extensa)!

Em termos colectivos, apontaria a selecção espanhola como favorita à vitória.

 

Portugal tem uma palavra a dizer?

Desde que estejamos na linha de partida, temos sempre uma palavra a dizer!

 

O facto de estarem a correr em Portugal é uma vantagem?

Penso que o apoio dos entusiastas do trail, da família e amigos, nos dará uma energia extra!

Ter tido a oportunidade de reconhecer o percurso também é um factor preponderante na gestão da prova. Contudo, outras selecções, bem como atletas a nível individual, também vieram a Portugal fazer o reconhecimento. Muitos deles, com muito maior antecedência que a nossa selecção, que só realizou o estágio no local da prova a 2 semanas da mesma.

 

- Como foi a tua preparação? Como organizaste o teu treino?

Este ano abri a minha época de corrida com a estreia na Maratona, em Sevilha. Os meses de treino para esta distância mítica deram-me um boa base para iniciar a preparação do Campeonato do Mundo de Trail.  O meu plano de treinos para uma prova de trail não tem sido muito diferente do habitual, com algumas adaptações às características da prova. Inclui sempre treinos longos na serra, pista, rampas e reforço muscular. Ultimamente, também tenho nadado uma vez por semana.

Contudo, tive alguns percalços na preparação, que me condicionaram bastante. Mas como uma prova de trail vai muito além da forma física, estou preparada para dar o meu melhor!

 

- É possível viver do trail em Portugal?

Tanto quanto eu sei, não é possível ser-se profissional do trail em Portugal. As provas não dão prémios monetários e, por experiência própria, é muito difícil obter patrocínios. Aliás, os custos inerentes a esta modalidade são muito elevados, sendo difícil, por exemplo, reunir-se o apoio necessário para se participar no circuito do Ultra-Trail World Tour.

 

- Em que provas planeias participar este ano?

Para já, tenho no calendário correr o CCC no Mont-Blanc (100km), onde já fui muito feliz, e os 37km do Grande Trail da Serra D’Arga, por ser um local onde gosto bastante de correr, para além de ser Campeonato Nacional de Trail.

 

- Que mensagem deixas a todos aqueles que acompanham a modalidade?

A todos os apaixonados pelo trail, continuem a desfrutar desta modalidade única, de forma saudável e sustentável!

Aos que acompanham, mas que não praticam, calcem as sapatilhas e aventurem-se!

 

 

BI

Nome: Inês Marques

Idade: 26

Profissão: Explicadora de Matemática

Clube: Não tenho.

Patrocinadores principais: Berg Outdoor, Prozis, Óptica Estrela

Lema de vida: Não tenho um lema, mas costumo aplicar na minha vida as palavras de um dos heterónimos de Fernando Pessoa – “Põe quanto és no mínimo que fazes.”

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